... este blog bem poderia ser um local onde eu contasse meus contos (não que eu não deixe de contá-los por aqui) mas para ser "temático", do tipo só com meus "causos", teria que reunir um punhado de histórias (e isso não me falta), e o que me ajudaria bastante para relembrá-las seria lendo antigos diários que costumava escrever com certa frequência.
Neles continham a inocência, e "semnoçãozisse" de outrora, confesso que ao ler aquelas bobagens (acabo julgando assim hoje), tinha até vergonha e pânico que alguém lesse aquilo.
Lembro de umas frases do tipo: "VIREI HIPPIE", com a folha toda enfeitada com molduras e recortes, e todo esse furdunço só porque havia me enchido de bijuterias ripongas...ai que mico.
Fora os amores...ah isso é um capítulo a parte. Digo, capítulos. Tinham gráficos onde eu marcava a porcentagem de amor que eu tinha pelos "candidatos a namorico" (eles não sabiam que eram candidatos), tinha uma lista onde eu colocava os dados pessoais, nome, idade, perfume, e um monte de outras besteiras lá.
Com o passar da idade o conteúdo foi melhorando, as festas, os gatinhos, a escrita. Tanto, que arrumei uma leitora assídua dos meus diários, minha mãe. (Que beleza hein!) ui!
É isso, sobre muito das fases da minha vida, tudo que posso dizer são coisas assim, por alto, pois graças a um ex namorado todo esse rico material sobre a história da minha vida, formação, desenvolvimento...viraram pó.
Fotos, negativas, diários. Nada sobrou. Nem ele, mas isso foi bem depois.
É incrível como ficamos cegos diante de um amor. Depois passa e a gente se arrepende de ter jogado fora parte dos registros da nossa história, é lamentável.
Me culpo por ter deixado acontecer isso com minhas coisas. Com as minhas coisas. E cada um que cuide das suas.